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19 de Abril de 2024

Auditoria aponta irregularidades na administração da Santa Casa

Documento foi elaborado levando em conta a gestão da Irmandade entre 2009 e 2013

Publicado por Leandro Michelsen
há 9 anos

Uma auditoria fiscal contratada há seis meses pela Prefeitura de Sorocaba apontou diversas irregularidades na gestão administrativa da Santa Casa de Misericórdia entre 2009 e 2013. Um documento que lista uma série de problemas identificados foi apresentado durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (25) no gabinete do prefeito Antonio Carlos Pannunzio. Segundo os auditores, o relatório seria encaminhado para o Ministério Público e à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Câmara Municipal de Sorocaba para que os dados fossem apurados.

O documento cita que recursos previstos para a construção de um Centro de Oncologia foram destinados a outros fins. A verba (R$ 5 milhões) foi utilizada, entre outras coisas, para o pagamento de fornecedores, e pagamento do Fundo Garantidor da Saúde Suplementar (FGS) à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além disso, o relatório aponta que a má gestão de contratos com prestadores de serviços causaram um rombo de R$ 1, 428 milhão aos cofres da Irmandade.

A análise feita pela auditoria indica, também, que de 2009 a 2013, houve pagamentos por serviços sem suporte contratual, pagamentos sem conferência de valores, pagamentos de adiantamentos não devidos, e processo de compras sem comprovação de pagamentos ou realização de licitações e orçamentos. Durante a coletiva, também foi informado que o ex-provedor da Santa Casa, José Antonio Fasiabem, antes da requisição do hospital por parte da Prefeitura - fato que ocorreu neste ano -, teria ordenado, no final de 2013, que funcionários incinerassem documentos que apontavam as inúmeras irregularidades. Fasiabem, inclusive, teria emprestado R$ 45 mil da Irmandade para cinco trabalhadores e, parte desse valor, não teria voltado aos caixas do hospital.

Conforme informações divulgadas pelos auditores, a Santa Casa tinha a administração operada em caixa único. Isso porque, os gastos com pacientes do pronto-socorro municipal, atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e mantido com verba da Prefeitura, não eram separados em relação à verba destinada aos conveniados do plano de saúde particular da Irmandade. Além disso, médicos responsáveis por atender apenas pacientes do SUS, eram deslocados, quando necessário, para que atendessem em leitos do plano de saúde.

O Cruzeiro do Sul entrou em contato com o ex-provedor da Santa Casa, mas ainda não obteve resposta. A reportagem também enviou questionamentos à Irmandade, e aguarda retorno até o fechamento desta edição. Já o presidente da CPI da Saúde, vereador Izídio de Brito (PT), disse não ter recebido ainda uma cópia do relatório elaborado pela auditoria. (Informações de Rosimeire Silva)


Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/582544/auditoria-aponta-irregularidades-na-administracao-da-...

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